DESTINO FINAL

1 de dez. de 2010

O Escândalo do Pecado

por: aJohn MacArthur, Jr.


O pecado domina o coração humano, e se fosse pela sua vontade, condenaria cada alma. Se não compreendermos nossa própria perversidade ou não enxergarmos nosso pecado como Deus o vê, não poderemos entendê-lo ou fazer uso do remédio contra ele. Aqueles que tentam justificá-lo, negligenciam a justificação de Deus. Até compreendermos quão totalmente repugnante nosso pecado é, nunca poderemos conhecer a Deus.

O pecado é abominável a Deus. Ele o odeia (cf. Dt 12.31). “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar…” (Hc 1.13). O pecado é contrário à sua própria natureza (Is 6.3; 1 Jo 1.5). A pena máxima – a morte – é exigida para cada infração contra a lei de Deus (Ez 18.4,20; Rm 6.23). Até a menor transgressão é digna da mesma pena severa: “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um ponto, se torna culpado de todos” (Tg 2.10).

O pecado suja a alma. Ele rebaixa a dignidade da pessoa. Obscurece o entendimento. Torna-nos piores que animais, pois os animais não podem pecar. Polui, corrompe, suja. Todo pecado é vulgar, repulsivo e revoltante aos olhos de Deus. A Bíblia o chama de imundícia (Pv 30.12; Ez 24.13; Tg 1.21). O pecado é comparado ao vômito, e os pecadores são os cães que voltam ao seu próprio vômito (Pv 26.11; 2 Pe 2.22). O pecado é chamado de lamaçal, e os pecadores são os porcos que rolam nele (Sl 69.2; 2 Pe 2.22). O pecado é semelhante ao cadáver em putrefação, e os pecadores são os túmulos que contêm o malcheiro e a sujeira (Mt 23.27). O pecado transformou a humanidade em uma raça poluída e imunda.

As terríveis conseqüências do pecado incluem o inferno, sobre o qual Jesus disse: “E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo no inferno” (Mt 5.30). As Escrituras descrevem o inferno como um lugar terrível e medonho onde pecadores são “ atormentados com fogo e enxofre… ” e “A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome” (Ap 14.10,11). Essas verdades se tornam mais alarmantes ainda quando percebemos que são parte da Palavra inspirada de um Deus de infinita misericórdia e graça.

Deus quer que entendamos a excessiva pecaminosidade do pecado (Rm 7.13). Não ousemos encará-lo com leviandade ou rejeitar nossa própria culpa frivolamente. Quando encaramos o pecado como ele é, é nosso dever odiá-lo. As Escrituras vão até mais fundo que isso: “Ali, vos lembrareis dos vossos caminhos e de todos os vossos feitos com que vos contaminastes e tereis nojo de vós mesmos , por todas as vossas iniqüidades que tendes cometido” (Ez 20.43, ênfase acrescentada). Em outras palavras, quando verdadeiramente vemos o que o pecado é, longe de obter auto-estima, nós nos desprezaremos.


A natureza da depravação humana

O pecado penetra no mais íntimo do nosso ser. Como vimos no capítulo anterior; o pecado está no âmago da alma humana. “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem” (Mt 15.19,20). “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45).

No entanto, o pecado não é uma fraqueza ou um vício pelo qual não somos responsáveis. É um antagonismo ativo e intencional contra Deus. Os pecadores livre e prazerosamente optam pelo pecado. Está na natureza humana amar o pecado e odiar a Deus. “O pendor da carne é inimizade contra Deus” (Rm 8.7).

Em outras palavras, o pecado é rebeldia contra Deus. Os pecadores raciocinam no próprio coração: “Com a língua prevaleceremos, os lábios são nossos; quem é o Senhor sobre nós?” (Sl 12.4, ênfase acrescentada). Isaías 57.4 caracteriza os pecadores como crianças rebeldes que abrem sua enorme boca e mostram a língua para Deus. O pecado destronaria Deus, o destruiria e colocaria o ego no seu lugar de direito. Todo pecado é, em último caso, um ato de orgulho, que diz: “Dê o lugar, Deus, eu estou no comando”. Por isso é que todo pecado, no seu âmago, é uma blasfêmia.

Para começar, amamos nosso pecado; temos prazer nele, buscamos oportunidades para praticá-lo. No entanto, por sabermos instintivamente que somos culpados diante de Deus, inevitavelmente tentamos camuflar ou negar nossa própria pecaminosidade. Há muitas maneiras de fazer isso, como observamos nos capítulos anteriores. Elas podem ser resumidas, grosso modo, a três categorias: encobri-lo, justificar-nos e ignorá-lo.

Primeiro, tentamos encobrir o pecado : Adão e Eva fizeram isso no Jardim, depois de ter pecado: “Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si” (Gn 3.7) – então se esconderam da presença do Senhor (v.8). O rei Davi tentou em vão encobrir sua culpa quando pecou contra Urias. Ele tinha adulterado com a esposa de Urias, Bate-Seba. Quando ela ficou grávida, primeiro Davi tramou um plano tentando fazer parecer que Urias era o pai da criança (2 Sm 11.5-13). Quando o plano não funcionou, ele conspirou para que Urias fosse morto (vs.14-17). Isso somente agravou o seu pecado. Durante todos os meses da gravidez de Bate-Seba, Davi continuou encobrindo o seu pecado (2 Sm 11.27). Mais tarde, quando Davi foi confrontado com seu pecado, ele se arrependeu e confessou: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio” (Sl 32.3,4).

Segundo, tentamos nos justificar : O pecado é sempre culpa de alguém. Adão culpou Eva, e a descreveu como “a mulher que me deste” (Gn 3.12; ênfase acrescentada). Isso mostra que ele também culpava a Deus. Ele não sabia o que era uma mulher até acordar casado com uma! Deus, raciocinou ele, era o responsável pela mulher que o vitimizou. Da mesma maneira, nós nos desculpamos pelos nossos erros porque pensamos que a culpa é de outra pessoa. Ou argumentamos ter um bom motivo. Convencemos a nós mesmos que é correto retribuir o mal com o mal. (cf. Pv 24.29; 1 Ts 5.15; 1 Pe 3.9). Ou então pensamos que se os motivos finais são bons, o mal pode ser justificado – raciocínio errado de que os fins justificam os meios (Rm 3.8). Chamamos o pecado de desequilíbrio, rotulamos a nós mesmos de vítimas ou negamos que os nossos atos sejam pecaminosos. A mente humana é de uma criatividade sem-fim quando se trata de encontrar mecanismos para justificar o mal.

Terceiro, ignoramos nosso próprio pecado : Sempre pecamos por ignorância ou presunção. Por isso Davi orou: “Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão” (Sl 19.12,13). Jesus nos advertiu sobre a loucura de tolerar uma trave nos nossos olhos e nos preocuparmos com um argueiro no olho do outro (Mt 7.3). Pelo fato de o pecado ser tão difuso, nós naturalmente tendemos a nos tornar insensíveis ao nosso próprio pecado, do mesmo modo que o gambá não é incomodado pelo seu próprio mau cheiro. Até mesmo uma consciência supersensível pode não saber todas as coisas (cf. 1 Co 4.4).

O pecado não se expressa necessariamente por atos. Atitudes pecaminosas, disposições pecaminosas, desejos pecaminosos e um estado pecaminoso de coração são tão repreensíveis quanto as ações que ele produz. Jesus disse que a ira é tão pecaminosa quanto o homicídio, e a concupiscência tanto quanto o adultério (Mt 5.21-28).

O pecado é de tal maneira enganoso que torna o pecador insensível contra sua própria perversidade (Hb 13.3). É natural desejarmos minimizar nosso pecado, como se ele não fosse de fato uma grande coisa. Afinal de contas, dizemos a nós mesmos, Deus é misericordioso, não é? Ele compreende nosso pecado e não pode ser tão duro conosco, não é mesmo? Mas raciocinar dessa maneira é deixar-se ludibriar pela astúcia do pecado.

O pecado, de acordo com as Escrituras, é “a transgressão da lei” (1 Jo 3.4). Em outras palavras, “aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei”. Pecado, portanto, é qualquer falta de conformidade com o perfeito padrão moral de Deus. A exigência central da lei de Deus é que o amemos: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento” (Lc 10.27). Sendo assim, a falta de amor a Deus é a epítome de todo pecado.

Mas “o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Rm 8.7). Nossa aversão natural à lei é tal que mesmo sabendo o que a lei requer, ela suscita em nós uma ânsia pela desobediência. Paulo escreveu: “as paixões pecaminosas postas em realce pela lei… eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás” (Rm 7.5-7). A inclinação do pecador pelo pecado é tal que este o controla. Ele é escravo do pecado, porém o busca com uma fome insaciável e com toda paixão do seu coração.



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(Extraído de John MacArthur, Jr. Sociedade sem Pecado. 1ª Edição. Editora Cultura Cristã, 2002 . São Paulo, SP. páginas 100-104)


A paz do Senhor!

28 de nov. de 2010

O chamado de Deus - J. G. Bellett

Nos dias que antecedem o dilúvio, os que pertencem à família de Deus trilham um caminho de peregrinos. Eles deixam o mundo para Caim. Não há neles nenhum sentimento de disputa e nem tampouco o menor indício de queixa. Eles não dizem, e nem pensam em dizer, "Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança" (Lc 12:13). Em seus hábitos e princípios de conduta, eles são tão distintos de seu irmão infrator (Caim) que parecem pertencer a uma outra raça; é como se vivessem em outro mundo.


A família de Caim é que faz toda a história do mundo. Eles constroem as cidades, eles promovem as artes, eles conduzem os negócios, eles inventam seus prazeres e passatempos. Mas em nada disso é encontrada a família de Sete. Os daquela geração chamam às suas cidades por seus nomes; os desta se fazem chamar pelo nome do Senhor. Os daquela fazem tudo o que podem para tornar o mundo seu, e não do Senhor; os da outra fazem tudo o que podem para se fazerem do Senhor e não mais pertencerem a si mesmos. Caim escreve seu próprio nome sobre a terra; Sete escreve o nome do Senhor sobre si.

Podemos bendizer ao Senhor por este vigoroso perfil de estrangeiros celestiais vivendo na Terra, e rogar por graça para experimentarmos em nossas almas, e em nossas vidas, um pouco do seu poder. Temos uma lição a aprender disso. Os instintos de nossa mente renovada nos sugerem que sigamos o mesmo caminho celestial com igual certeza e desembaraço. O chamado de Deus nos indica esse caminho, e todo o Seu ensino exige que o trilhemos. Os passatempos, costumes, interesses e prazeres dos filhos de Caim nada significam para esses peregrinos.

Como ocorre ainda hoje, eles deixam bem claro que rejeitam a idéia de que este mundo seja capaz de lhes trazer satisfação. Eles estão descontentes com o mundo e não se esforçam nem um pouco para inverter esta situação. É nisto que está fundamentada a sua separação da senda de Caim e de sua casa. Eles não estavam preocupados com o país que os cercava, mas procuraram uma pátria melhor, isto é, a pátria celestial. Eles são completamente contra o caminho de Caim, e têm um claro discernimento do caminho de Deus

O Senhor deseja que sigamos esse mesmo padrão, estando no mundo, mas não sendo do mundo. Somos do céu, embora ainda não estejamos lá (exceto no que diz respeito à nossa posição em Cristo). Paulo, no Espírito Santo, desejou também que fôssemos assim, seguindo o exemplo daqueles cuja "cidade está nos céus" (Fp 3:20). Pedro, no mesmo Espírito, desejou que fôssemos como "peregrinos e forasteiros", abstendo-nos "das concupiscências carnais" (1 Pd 2:11). Tiago nos convoca, no mesmo Espírito, a sabermos que "a amizade do mundo é inimizade contra Deus" (Tg 4:4). E João nos separa como de um só golpe: "Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno" (1 Jo 5:19). (J. G. Bellett)

29 de out. de 2010

Existe base biblica para o dispensacionalismo?

Sim, existe base bíblica, embora eu não me sinta confortável em chamar de "dispensacionalismo". Temos tantos "ismos" - como Calvinismo, Arminianismo, Pentecostalismo, Pré-Mileanismo, Pós-Mileanismo, Fundamentalismo, Protestantismo etc. - que sucumbimos à tentação de classificar os cristãos como se fosse uma coleção de insetos em um museu de história natural.

Uma vez um leitor deu um nó em minha cabeça ao tentar definir minha profissão de fé, que ele disse poder tanto ser antropocêntrica como sinergística, ou ainda teocêntrica e monergística. Porém tinha dúvidas se eu seria teocêntrico, pois eu lhe havia indicado um texto semi-pelagianista (nem me pergunte!) que combatia o hiper-calvinismo. Para tratar dessa minha deficiência ele receitou que eu me inteirasse da história da Igreja, teologia e hermenêutica.

Então, antes que você pense que estou falando "teologês", permita-me aplicar também a essa mania de "ismos" o que Paulo diz aos Colossenses ao tratar dos rudimentos do mundo e das doutrinas de homens... "as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria... mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne". Cl 2:23

Entendo apenas que quando falamos em "dispensacionalismo" ou "dispensação" não se trata de algo técnico, como dois mais dois. Embora você encontre na Web coisas como mapas ou diagramas das dispensações, com a história da humanidade às vezes dividida em sete dispensações, você pode também distinguir diferentes dispensações sob diferentes aspectos.

A abordagem dispensacional mais simples seria dividir tudo em duas dispensações como AT e NT, ou o modo como Deus tratou com os homens no Antigo Testamento e no Novo Testamento. Qualquer um de nós está bem familiarizado com essa visão dispensacional, pois nossas Bíblias são divididas assim.

O princípio para entender o processo dispensacional está em identificar que há um que dispensa ou delega algo, e outro que recebe a responsabilidade de cumprir aquilo. Ao falhar em sua responsabilidade ele é punido e outro toma o seu lugar.

Um modo de enxergar as dispensações pode ser dividindo a história das tratativas de Deus para com o homem em períodos como "Inocência" (da Criação à queda, seguida da expulsão), "Consciência" (da queda ao dilúvio), "Governo" (de Noé a Abraão), "Promessa" (de Abraão a Moisés), "Lei" (de Moisés a Cristo), "Graça" (da morte e ascensão de Jesus ao arrebatamento da Igreja) e "Reino" (o reinado de mil anos de Cristo). Mas mesmo esta divisão pode ser flexível ou denominada de outras maneiras.

O que chama a atenção em uma divisão assim é que sempre há um começo de bênção e um fim de juízo. Mas a dúvida é se existe alguma base bíblica para dividir a Palava. Existe: 2 Tm 2:15 "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade".

Onde você "maneja bem" nesta versão no original está ORTHOTOMEO que tem o sentido de "dissecar" ou "dividir". A versão inglesa de J. N. Darby ficaria mais ou menos assim em português: "Empenha-te apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, cortando a palavra da verdade com precisão".

Mario Persona (O que respondi)

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